Entrevista, como "Convidado Especial" à revista eletrônica da Valia, fundo de pensão (previdência complementar) da Vale.
Ansiedade no trabalho
Saiba como administrar o problema e utilizá-lo a favor do desempenho profissional.
A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável que precede momentos de perigo real ou imaginário. Ela pode aparecer em qualquer momento da vida, seja no convívio familiar, em um encontro com amigos e, principalmente, no ambiente profissional. Em excesso, esse sentimento pode trazer malefícios - como estresse - e até atrapalhar a capacidade intelectual e produtiva do indivíduo. A consultora profissional independente, Ana Beatriz Medeiros Brito, de escritório próprio, analisa como a ansiedade interfere no trabalho e dá dicas para controlar as reações ocasionadas por ela no dia a dia.
Que fatores podem contribuir para despertar a ansiedade no ambiente de trabalho e como profissionais ansiosos se comportam?
Alguns fatores comuns no âmbito profissional, como a cobrança por produtividade, o excesso de tarefas no trabalho, a falta de autoconfiança, de autoestima, de qualificação e reciclagem profissional são exemplos que podem impulsionar o surgimento da ansiedade.
Em geral, as pessoas ansiosas mostram-se tensas e apreensivas, especialmente diante dos superiores. Com baixa autoestima, elas deixam de fazer certas coisas porque se julgam incapazes de realizá-las. Sentem-se facilmente feridas diante de críticas e desaprovações e evitam atividades sociais ou profissionais aonde o contato com outras pessoas seja intenso, mesmo que venham a ter prejuízos com isso. Pessoas ansiosas também exageram nas dificuldades e nos perigos envolvidos em atividades comuns que estejam fora de sua rotina.
Quais são as consequências para o profissional que sofre desse “problema”?
As consequências não se limitam apenas ao sofrimento subjetivo e ao comprometimento do desempenho profissional do indivíduo. A ansiedade no ambiente de trabalho, quando em excesso, pode trazer prejuízos à saúde, ocasionando problemas como disfunções gastrointestinais, Lesão por Esforço Repetitivo (LER), dores de cabeça, lapsos de memória, depressão e uso abusivo de medicamentos controlados. A ansiedade pode estar associada também aos pequenos erros na execução das tarefas.
É verdade que, se bem administrada, a ansiedade pode contribuir para aumentar a qualidade do trabalho e a velocidade da realização de tarefas? Por quê?
Sim, se o indivíduo souber aproveitar a principal função da ansiedade como uma reação natural e necessária para a autopreservação. Ou seja, como um estado de alerta que prepara o organismo para tomar as medidas necessárias para impedir a concretização dos possíveis prejuízos advindos de uma situação de mudança, ou pelo menos para diminuir suas consequências.
Todas as pessoas passam momentos em que se sentem um pouco ansiosas e a verdade é que essa ansiedade as ajuda a enfrentar os desafios. Isso porque ela cria um estado de alerta para responder rapidamente às novas situações.
O que o profissional deve fazer para controlar a ansiedade? Que estratégias podem ser utilizadas?
As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e autolimitadas. Os estados de ansiedade anormais requerem tratamento específico, em alguns casos, psicoterapia e uso de medicamentos.
Aos profissionais ansiosos, em primeiro lugar, sugiro enfrentar a ansiedade dentro de si mesmo através do autoconhecimento para descobrir o que está causando esse desconforto. Depois devem tomar a decisão de mudar a situação atual, através da prática de ações preventivas coerentes com sua causa, como investir no progresso de sua formação, na reciclagem profissional, maior dedicação ao serviço. Além disso, a comunicação interpessoal, dinâmicas de grupo, treinamentos motivacionais, esportes, ioga, meditação, coaching e/ou terapia também podem minimizar os efeitos negativos da ansiedade.
https://www.valia.com.br/ (Fique por Dentro).
Fazendo a Diferença
Os tempos mudaram, os desafios que surgem hoje são diferentes dos enfrentados até então. Pressão por resultados positivos, exigência crescente de alto padrão de qualidade em atendimento, produtos e serviços, agilidade nas tomadas de decisão, expectativa de vida útil das pessoas aumentando, mudanças nas leis de aposentadoria e principalmente a velocidade da obsolescência da tecnologia e do conhecimento em todas as áreas, são alguns dos desafios encontrados nos dias atuais, entre outros...
A maneira mais eficaz de preparar-se para essa nova realidade é administrar as características pessoais, reavaliar conceitos e conscientizar-se de suas necessidades, desenvolvendo virtudes e competências individuais para lidar com o todo...
A empresa que perceber e souber aproveitar-se destas circunstâncias, oferecendo aos seus colaboradores a oportunidade de auto-desenvolvimento, fará a grande diferença no mercado, assim como o profissional empenhado em desenvolver seu potencial pessoal, pois tecnologia e conhecimento estão à disposição de todos. O que realmente faz a diferença é a atitude das pessoas diante das diversas situações do dia-a-dia, a qualificação pessoal.
A maneira mais eficaz de preparar-se para essa nova realidade é administrar as características pessoais, reavaliar conceitos e conscientizar-se de suas necessidades, desenvolvendo virtudes e competências individuais para lidar com o todo...
A empresa que perceber e souber aproveitar-se destas circunstâncias, oferecendo aos seus colaboradores a oportunidade de auto-desenvolvimento, fará a grande diferença no mercado, assim como o profissional empenhado em desenvolver seu potencial pessoal, pois tecnologia e conhecimento estão à disposição de todos. O que realmente faz a diferença é a atitude das pessoas diante das diversas situações do dia-a-dia, a qualificação pessoal.
terça-feira, 20 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
Feminilidade x Sensualidade e Terapia
Ana Beatriz Medeiro Brito
Certa vez, em um grupo, ouvi falar sobre uma mulher que, enquanto se dizia não feminina, cruzava as pernas e movia-se sensualmente, como se esta fosse a maior prova de sua feminilidade.
Enquanto ouvia não emiti nenhum parecer sobre essa colocação, apenas observava e ouvia o desenrolar do comentário, Na hora não me ocorreu nada a não ser que aquilo não fazia muito sentido para mim. No dia seguinte, lembrei-me da situação, refleti por um tempo sobre o assunto e decidi escrever o que só hoje, após revisão, publico.
Desde quando feminilidade significa apenas ser sensual? O que teria por traz desta queixa de não ser feminina? Qual o significado da expressão ”ser feminina” para aquela mulher?
Penso que algumas mulheres ou talvez até alguns terapeutas andam meio perdidos nesses significados. E refleti bastante para saber se minhas conclusões não seriam baseadas nos meus preconceitos e minhas crenças e concluí que não, pois existem valores e verdades que são universais e parece que muita gente anda esquecida deles. Não seria por isso que a sociedade e a família estão à beira da falência?
Em busca do resgate da feminilidade, mulheres exacerbam o apelo à sensualidade e sexualidade. A mulher precisa rever e desmistificar conceitos pessoais, talvez com carga moral e afetiva, mas precisa ter cuidado para não cair na vulgaridade. “A sexualidade não é apenas genitália ou gestual. A educação sexual não deve limitar-se à dimensão biológica, mas sim abordar os aspectos bio-psico-sociais integrados, esclarecendo que a assertividade do aprender a usar o corpo e a dizer sim ou não está muito distante do ser repressivo”, é uma escolha baseada em princípios éticos e morais, também, para que possa viver em paz com sua consciência e dignidade. O ser humano é um ser naturalmente ético, quando sai fora de seus padrões verdadeiramente originais, sente-se perdido e sofre com isso.
Acredito que a busca da mulher atual deve ser, então, a de voltar a olhar para si mesma e resgatar a sua feminilidade, não só no que diz respeito à sexualidade, mas principalmente ao autoconhecimento, à afetividade, à ternura, à parceria e à auto-estima, tornando-se conhecedora da sua capacidade de sedução além de ter consciência sobre os problemas do mundo, sendo participativa e vivendo com alegria, como uma pessoa capaz de escolher o que é melhor para si.
E qual o papel do terapeuta? Ajudá-la na busca de sua auto-descoberta com uma postura ética, levando em consideração os valores e verdades morais universais e não com verdades próprias ou o que julgam ser verdade porque são pregações de uma parte da sociedade que, equivocada ou adoecida, rege-se por princípios e valores invertido.
O terapeuta necessita estar consciente da sua responsabilidade na criação da sociedade. Responsabilidade pessoal do paciente existe, mas será que quando busca terapia ele também não está buscando um “Norte” para sua vida? Quando se estabelece o vínculo, ele acredita em tudo o que o terapeuta diz e faz, sem contar que, com o paciente em estado alterado de consciência, o terapeuta pode passar muita coisa boa ao paciente, mas também muita coisa não tão boa assim.
O terapeuta precisa ser um profissional muito bem preparado, não basta saber aplicar uma técnica, há que se ter muito conhecimento, antes disso, sobre o Ser Humano e sobre o poder de influência que pode exercer sobre as pessoas. Aí reside o perigo dos terapeutas “formados” em cursinhos de fim de semana.
O terapeuta, sendo psicólogo ou não, é responsável pelo uso que faz das técnicas que aprendeu e pelos seus pareceres, assim como o médico é responsável pela medicação que receita, pois também podem causar danos quando aplicadas irresponsavelmente, podem destruir a vida afetiva, familiar, social... do dito paciente, por isso são chamados de pacientes, as vezes eles precisam ser dotados deste recurso para aguentarem seu terapeuta.
Quero deixar aqui registrado que sei de tantos terapeutas bem formados e informados, embora não tenham curso superior na área, quanto de psicólogos e psiquiatras mal formados ou mal intencionados.
Quem procura terapia, em geral, está com poucas ou sem condições de assumir atitudes por si só e, quando escolhe com quem tratar-se, pressupõe-se que, de alguma forma, confia naquele terapeuta e, então, o que ele diz torna-se verdade indubitável para a pessoa, isto é, passa a acreditar em tudo o que o terapeuta diz.
Com isso, muitas vezes terapeutas, em vez de ajudarem seus pacientes a se estruturarem de acordo com o meio em que escolheu viver e de suas verdades, acabam empurrando-os para um estado de confusão maior ainda, pela falta de conhecimento ou percepção distorcida do terapeuta que não fez uma adequada verificação da ecologia interna do paciente e o induziu, através de crenças e valores do “terapeuta”, a algo que não faz parte do seu contexto e isso pode trazer consequências, no mínimo, desagradáveis ao paciente.
Que isto sirva como alerta!
Certa vez, em um grupo, ouvi falar sobre uma mulher que, enquanto se dizia não feminina, cruzava as pernas e movia-se sensualmente, como se esta fosse a maior prova de sua feminilidade.
Enquanto ouvia não emiti nenhum parecer sobre essa colocação, apenas observava e ouvia o desenrolar do comentário, Na hora não me ocorreu nada a não ser que aquilo não fazia muito sentido para mim. No dia seguinte, lembrei-me da situação, refleti por um tempo sobre o assunto e decidi escrever o que só hoje, após revisão, publico.
Desde quando feminilidade significa apenas ser sensual? O que teria por traz desta queixa de não ser feminina? Qual o significado da expressão ”ser feminina” para aquela mulher?
Penso que algumas mulheres ou talvez até alguns terapeutas andam meio perdidos nesses significados. E refleti bastante para saber se minhas conclusões não seriam baseadas nos meus preconceitos e minhas crenças e concluí que não, pois existem valores e verdades que são universais e parece que muita gente anda esquecida deles. Não seria por isso que a sociedade e a família estão à beira da falência?
Em busca do resgate da feminilidade, mulheres exacerbam o apelo à sensualidade e sexualidade. A mulher precisa rever e desmistificar conceitos pessoais, talvez com carga moral e afetiva, mas precisa ter cuidado para não cair na vulgaridade. “A sexualidade não é apenas genitália ou gestual. A educação sexual não deve limitar-se à dimensão biológica, mas sim abordar os aspectos bio-psico-sociais integrados, esclarecendo que a assertividade do aprender a usar o corpo e a dizer sim ou não está muito distante do ser repressivo”, é uma escolha baseada em princípios éticos e morais, também, para que possa viver em paz com sua consciência e dignidade. O ser humano é um ser naturalmente ético, quando sai fora de seus padrões verdadeiramente originais, sente-se perdido e sofre com isso.
Acredito que a busca da mulher atual deve ser, então, a de voltar a olhar para si mesma e resgatar a sua feminilidade, não só no que diz respeito à sexualidade, mas principalmente ao autoconhecimento, à afetividade, à ternura, à parceria e à auto-estima, tornando-se conhecedora da sua capacidade de sedução além de ter consciência sobre os problemas do mundo, sendo participativa e vivendo com alegria, como uma pessoa capaz de escolher o que é melhor para si.
E qual o papel do terapeuta? Ajudá-la na busca de sua auto-descoberta com uma postura ética, levando em consideração os valores e verdades morais universais e não com verdades próprias ou o que julgam ser verdade porque são pregações de uma parte da sociedade que, equivocada ou adoecida, rege-se por princípios e valores invertido.
O terapeuta necessita estar consciente da sua responsabilidade na criação da sociedade. Responsabilidade pessoal do paciente existe, mas será que quando busca terapia ele também não está buscando um “Norte” para sua vida? Quando se estabelece o vínculo, ele acredita em tudo o que o terapeuta diz e faz, sem contar que, com o paciente em estado alterado de consciência, o terapeuta pode passar muita coisa boa ao paciente, mas também muita coisa não tão boa assim.
O terapeuta precisa ser um profissional muito bem preparado, não basta saber aplicar uma técnica, há que se ter muito conhecimento, antes disso, sobre o Ser Humano e sobre o poder de influência que pode exercer sobre as pessoas. Aí reside o perigo dos terapeutas “formados” em cursinhos de fim de semana.
O terapeuta, sendo psicólogo ou não, é responsável pelo uso que faz das técnicas que aprendeu e pelos seus pareceres, assim como o médico é responsável pela medicação que receita, pois também podem causar danos quando aplicadas irresponsavelmente, podem destruir a vida afetiva, familiar, social... do dito paciente, por isso são chamados de pacientes, as vezes eles precisam ser dotados deste recurso para aguentarem seu terapeuta.
Quero deixar aqui registrado que sei de tantos terapeutas bem formados e informados, embora não tenham curso superior na área, quanto de psicólogos e psiquiatras mal formados ou mal intencionados.
Quem procura terapia, em geral, está com poucas ou sem condições de assumir atitudes por si só e, quando escolhe com quem tratar-se, pressupõe-se que, de alguma forma, confia naquele terapeuta e, então, o que ele diz torna-se verdade indubitável para a pessoa, isto é, passa a acreditar em tudo o que o terapeuta diz.
Com isso, muitas vezes terapeutas, em vez de ajudarem seus pacientes a se estruturarem de acordo com o meio em que escolheu viver e de suas verdades, acabam empurrando-os para um estado de confusão maior ainda, pela falta de conhecimento ou percepção distorcida do terapeuta que não fez uma adequada verificação da ecologia interna do paciente e o induziu, através de crenças e valores do “terapeuta”, a algo que não faz parte do seu contexto e isso pode trazer consequências, no mínimo, desagradáveis ao paciente.
Que isto sirva como alerta!
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