Fazendo a Diferença

Os tempos mudaram, os desafios que surgem hoje são diferentes dos enfrentados até então. Pressão por resultados positivos, exigência crescente de alto padrão de qualidade em atendimento, produtos e serviços, agilidade nas tomadas de decisão, expectativa de vida útil das pessoas aumentando, mudanças nas leis de aposentadoria e principalmente a velocidade da obsolescência da tecnologia e do conhecimento em todas as áreas, são alguns dos desafios encontrados nos dias atuais, entre outros...

A maneira mais eficaz de preparar-se para essa nova realidade é administrar as características pessoais, reavaliar conceitos e conscientizar-se de suas necessidades, desenvolvendo virtudes e competências individuais para lidar com o todo...

A empresa que perceber e souber aproveitar-se destas circunstâncias, oferecendo aos seus colaboradores a oportunidade de auto-desenvolvimento, fará a grande diferença no mercado, assim como o profissional empenhado em desenvolver seu potencial pessoal, pois tecnologia e conhecimento estão à disposição de todos. O que realmente faz a diferença é a atitude das pessoas diante das diversas situações do dia-a-dia, a qualificação pessoal.

domingo, 5 de julho de 2009

AS EMOÇÕES NA SUA VIDA

Ana Beatriz Medeiros Brito

Algumas pessoas, por temerem a intensidade da sensação de incapacidade, tristeza, mágoa e rejeição, passam pela vida pisando em ovos, como se diz popularmente, tentando evitar sentimentos perigosos. Nesse processo deixam de experimentar muitas coisas valiosas da vida como: discutir com o companheiro, visitar um amigo deprimido, desafios profissionais, entre outros.
Outras pessoas, por sentirem medo, incapacidade e dúvida, ficam impedidas de tomar uma decisão e correr um risco, assim, jamais conseguem expressar seu potencial; estão como que paralisadas. Exemplos disso são o do homem que ao perder o emprego, entra em depressão profunda e perde oportunidades valiosas de se estabelecer em um novo emprego ou mercado, o da mulher que separada do marido, sente-se incapaz de refazer sua vida e entrega-se ao desleixo, apesar de ser bonita, atraente e inteligente e o adolescente que temendo fracassar ou fazer um papel ridículo, deixa de aprender novas habilidades como: dançar, falar em público, desenhar.
Muitas pessoas são abatidas por suas emoções de forma arrebatadora, pois são afastadas dos pensamentos ou atividades em que estavam envolvidas e, finalmente, elas desistem de atingir seus objetivos.
Outras pessoas, ainda, deixam-se seduzir pela sensação de conforto que algumas poucas emoções familiares lhes trazem e, com isso, deixam de experimentar uma gama de emoções novas, tornando suas vidas profundamente empobrecidas.
Há pessoas que são escravas das emoções de outras pessoas. Se o marido, o filho, a amiga estão felizes e tranqüilos, ela também está. Seu equilíbrio emocional depende do humor dos outros.
Em seus esforços para eliminar a dor de certas emoções desagradáveis ou para conseguir um estado de prazer, algumas pessoas tornam-se escravas das drogas ou adquirem alguma doença fisiológica; pois está clinicamente provado que muitas doenças fisiológicas são o resultado da sujeição crônica a emoções como medo, humilhação, preocupação, raiva, sensação de incapacidade, desamparo, entre outras. Depois de certo tempo, essas emoções podem gerar níveis perigosos de stress, que levam à pressão alta, úlceras, doenças cardíacas e outros distúrbios degenerativos.
Leslie, Bandler e Michael, em seu livro “O Refém emocional”, dizem que essas pessoas tornam-se refém de suas emoções e como tais, passam grande parte de suas vidas a serviço de suas emoções, sacrificando suas vidas pelas emoções, em vez de colocar as emoções a serviço de suas vidas.
O sentimento de uma pessoa afeta seu comportamento e vice-versa, mas ainda assim podem ser distintos e podem ser bem diferentes em determinado momento.
Uma emoção é uma reação de sentimento completa. Emoções são sensações mais intensas, por isso mobilizam mais que os sentimentos, estes mobilizam menos por serem sensações de menor intensidade.
Pode-se classificar as emoções em categorias amplas, como: “positivas”, “negativas” e “Agradáveis” e “desagradáveis”. Entretanto é bom que fique claro que as classificações não são, por si só, emoções e reconhecer emoções não é tão automático e óbvio quanto se poderia pensar, mas para que se possa fazer escolhas emocionais, é necessário ter uma maneira de reconhecer as emoções que se apresentam em cada momento.
As emoções são reações subjetivas. As emoções são diferentes das sensações corporais que podem estar acontecendo no mesmo momento. As emoções são diferentes dos comportamentos que ajudam a gerar. As emoções são diferentes dos julgamentos de valores que fazem sobre elas.
Mesmo que uma emoção pareça muito desagradável, ela é válida enquanto sinal. Isto é, mesmo as emoções mais desagradáveis têm atributos funcionais que podem ser úteis se reagirmos a elas como sendo mensagens importantes sobre as nossas necessidades. O primeiro passo para usar as emoções é reconhecer seus avisos. O segundo é reagir de forma adequada à mensagem. examinemos alguns exemplos:
- O atributo funcional do arrependimento indica o que poderia ou deveria ter sido feito de forma diferente em uma situação do passado.
- O atributo funcional da culpa ou vergonha é assinalar que a pessoa violou um padrão pessoal e é necessário assegurar-se para não repetir o mesmo erro no futuro.
- O atributo funcional da ansiedade, que é similar ao medo, nos faz sentir que há algo no nosso futuro para o qual precisamos nos preparar melhor.
- O atributo funcional do ciúme mostra à pessoa que ela está achando que sua felicidade emocional está em perigo e que é necessário fazer algo a respeito.
- O atributo funcional da opressão, sinaliza que precisamos reavaliar e estabelecer prioridades para as tarefas que queremos nos impor, pois opressão geralmente resulta da tentativa de atingir objetivos muito importantes ou numerosos num período limitado.
- O atributo funcional da raiva informa que precisamos fazer algo para evitar que a nossa felicidade seja prejudicada, ou impedir que isso venha a acontecer no futuro.
O atributo funcional é o ponto chave da utilização da emoção, pois no momento que é especificado em uma emoção em especial, imediatamente a transforma em um investimento valioso, que deve ser usado. O atributo funcional de uma emoção desagradável especifica o que é necessário fazer para reagir de forma adequada àquela emoção.
Portanto, precisa-se lembrar que as emoções desagradáveis só são úteis quando bem utilizadas, se não são bem utilizadas, tornam-se negativas.
Uma das formas de utilizar as emoções desagradáveis ou negativas pode ser canalização. Pôr exemplo, o medo - em vez de tentar sufocá-lo, observe-o, caminhe em sua direção. Você ficará cada vez mais apavorado, até que, num dado momento, ele desaparecerá porque não existe, é um fantasma. A tristeza - utilize-a para escrever poesias ou pintar, ela é uma tremenda energia inspiradora. A raiva - empregue-a naquele afazer que sempre relegou à segundo plano, é uma grande energia de vontade. A angústia - é uma grande energia purificadora, como as chamas do inferno. Quando você aceita a angústia, ela queima a cauda, e quando chega o momento do fato, ele nunca acontece.
Na Terapia Linha do Tempo, criada por Tad James, trabalha-se neutralizando as emoções negativas através do aprendizado e limpeza do acúmulo, e reconhece-se como emoções negativas básicas, a raiva, a tristeza, o medo, a mágoa e a culpa.
Toda emoção é importante porque é uma reação normal do organismo, de proteção, de defesa. Mas quando há um acúmulo desta emoção - porque não foi convertida em aprendizado - o nosso organismo se enfraquece e começa a adoecer.
As emoções desagradáveis ou negativas, se estabelecem quando passamos por experiências com as quais não aprendemos, então o inconsciente, que tem como missão principal preservar nossa integridade física, reprime as memórias com emoções negativas e libera a emoção como um aviso de que ainda não aprendemos o suficiente para vivenciarmos experiência semelhante, daí então, além de nos avisarem que precisamos aprender sobre algo, também nos impedem de atingir nossos objetivos, de acordo com sua carga e conteúdo.
Sabe-se, também, que reprimir emoções negativas é a maior causa das doenças psicossomáticas, que muitas vezes explodem da pior forma possível. Experiências comprovam que o acúmulo de raiva pode causar ataque do coração; a tristeza enfraquece o sistema imunológico e causa depressão; em conseqüência do medo, aparece o stress excessivo, DSPT (Distúrbios de stress pós traumáticos); a culpa diminui a energia de cura e impede a pessoa de se sentir merecedora; o conflito ou mágoa não elaborada, volta-se para o interior da criatura, alojando-se em determinado órgão e produzindo somatizações, notadamente , na formação de displasias e tumores.
Portanto é importante lembrarmos que as emoções negativas são uma ilusão, um fantasma e, por isso, precisam e podem ser neutralizadas para que apareça a única verdadeira e real emoção que é o amor, que abre caminhos e nos ajuda a despertar nossa força criativa para a concretizar nossos sonhos.



Bibliografia:
O Refém emocional
Terapia da Linha do Tempo
Apostila do Curso TLT

Um comentário:

Ivomar Costa disse...

Imagine se uma empresa conseguisse identificar os problemas emocionais dos seus colaboradores!Poderia aumentar a produtividade, devido ao aumento da "felicidade" deles! Acho que um programa desses poderia fazer parte dos cuidados com a saúde dos colaboradores. É bem provável que este tipo de ação seja um grande avanço nos programas de qualidade.

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